Autora: Isaura Gorete De Carli
TERRA NOVA DO NORTE-MT
ESCOLACHAPEUZINHO
VERMELHO
Co-autora:ElenirFanin
Dados da Aula
O que o aluno poderá
aprender com esta aula
·
Estimular a
leitura através da competição;
·
Instigar a
produção de textos verbais e não verbais;
·
Desenvolver
habilidades e competências relacionadas a Inteligência Linguística.
·
Propiciar o
uso do computador e internet;
·
Despertar no
aluno o interesse e o gosto pelas mídias, considerando que as mesmas oferecem
uma variedade muito grande de recursos visuais e sonoros, levando também o
aluno a desenvolver a coordenação motora, a percepção, a criatividade e a
capacidade de produção.
Duração das atividades
5 aulas de duração do
período integral
Conhecimentos prévios
trabalhados pelo professor com o aluno
Os alunos precisam
estar inseridos em um contexto de alfabetização e letramento, convivendo e/ou
tendo noções de diferentes gêneros textuais.
Estratégias e recursos
da aula
Diante
da realidade que nos deparamos em sala de aula, onde temos alunos em diferentes
níveis de leitura e letramento, e diante da necessidade de desenvolver as
habilidades e competências na Área de Linguagem, faz-se necessário buscar novas
abordagens metodológicas e rever as que estão sendo utilizadas em sala.
Diante
disso a diversidade de gêneros textuais tem se expandido em meio às práticas
pedagógicas de muitos professores, pois oferecem ricas e variadas oportunidades
de explorar o texto como unidade de ensino da leitura e da escrita. Pois, hoje,
a dificuldade de leitura e escrita ainda prevalece em todas as fases e ciclos.
Buscando modificar a postura através dos estudos realizados
sobre alfabetização, letramento, texto e leitura, e refletindo sobre a prática
de sala de aula e resultados dessa, sentimos a necessidade de resolver esse
problema relacionado à leitura e escrita.
Ressaltando ainda que a alguns alunos não têm o habito da
leitura ou lêem muito pouco, então algo precisa ser feito e terá que haver um
forte componente lúdico que desperte o gosto pela leitura e escrita. A proposta
é colocar o aluno em evidência, em cima do pódio, numa atividade que, para ele,
terá também uma dose de brincadeira e competição.
Nessa perspectiva, o professor atua como mediador e
facilitador entre a criança e o material escrito. Para isso deve-se ter
conhecimento da teoria linguística do processo de alfabetização.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Para
desenvolver as aula é preciso confeccionar uma pequena escada com 2 degraus, o
qual será transformado num pódio, onde são classificados da seguinte forma: o
3º lugar fica no chão; o 2º lugar fica no 1º degrau e o 1º lugar fica no 2º
degrau, ou seja, no mais alto.
A partir disso, cria-se o cantinho da leitura com a
participação dos alunos, onde ficam expostos os portadores de textos contendo
uma variedade textual tais como: textos verbais e não verbais, narrativos,
literários, informativos, poéticos, de opinião, de reportagem, de correspondências,
descritivos, gravuras, fotografias e outros.
Os portadores de textos ficam expostos sobre mesas, onde as
atividades são iniciadas com a escolha aleatória de diferentes textos pelos
alunos. Após a realização das leituras são feitas as discussões sobre a tipologia
textual e a sua finalidade.
Da mesma forma que o pódio é utilizado na execução das
leituras, é utilizado também para as produções escritas, que são baseadas em
discussões, leituras diversas e interpretações de textos não verbais,
ressaltando que nessas produções o aluno deverá buscar intertextos e produzir
textos que tenham sentido para o mesmo e que, ao ler no pódio socialize suas
ideias, despertando assim o gosto e o interesse da classe.
Ao escolher o material,
o aluno tem a liberdade para criar uma história escrita ou um texto para ser
encenado em um teatrinho pela turma. Por exemplo: Chapeuzinho Vermelho. Os
alunos se organizam e ensaiam a peça para depois apresentá-la à classe; se
escolherem uma gravura ou foto, as crianças farão um texto descritivo, e, ao
ler no pódio fará uso da oralidade ou da escrita. Enfim, o aluno é quem escolhe
a forma de apresentação.
Após
ter definido juntamente com seus alunos qual gênero textual pretendem trabalhar,
serão desenvolvidas as sequências das aulas, como apresenta-se no exemplo a
seguir, tendo o CONTO DE FADAS como gênero textual estudado.
1ª AULA: O CONTADOR
DE HISTÓRIA
Esta aula inicial tem a
finalidade de ampliar o repertório textual da turma em relação ao gênero
textual escolhido e deverá ser retomada para uma melhor assimilação. Portanto,
a aula é flexível e passível de mudanças, depende da criatividade e empenho dos
educadores.
Antes de iniciar a
leitura o professor deve sondar os conhecimentos prévios que os alunos têm em
relação ao gênero estudado. No caso do CONTO: A Chapeuzinho Vermelho.
Leitura feita pelo
professor: Ex.: A Chapeuzinho Vermelho,(Hans Christian
Andersen).
É preciso organizar a
sala de aula e se preparar para se transformar na contadora de histórias, ou
seja, vestir um avental apropriado, usar um fantoche de mão para despertar a
imaginação, proporcionando momentos mágicos de leitura. Os alunos podem ser
organizados em um semicírculo, sentar-se ao chão para que todos tenham acesso
às imagens. O contador de histórias deve ser dinâmico e fazer uso de diferentes
estratégias para contação de histórias.
2ª AULA: CANTINHO DA
LEITURA
O
professor deverá organizar o cantinho da leitura com diversos livros de contos
infantis, permitindo que cada aluno tenha a liberdade de escolha e leitura. No
canto enfeitado da sala deverá colocar o pódio de leitura. É preciso
identificar quais histórias a turma já conhece e quais são as suas
preferidas, após a leitura de diversos CONTOS pela turma, discutir sobre as
presenças ou não de vilões como: fadas, bruxas, lobos, herói, heroína e
expressões como "Era uma vez..." e "Felizes para
sempre...".
Em
seguida deve-se promover um sorteio para escolher os alunos que virão ler ao
pódio. Ressaltando que, todos deverão ler começando no 3º lugar, ao chão. Os
demais colegas, durante a leitura individual deverão escutar atentamente para
auxiliar na avaliação, dizendo se leu com fluência e boa entonação de voz. Aqueles
que apresentam um bom desempenho na leitura são “avaliados e classificados”
pelos colegas como estando no primeiro, segundo e terceiro lugar, com destaque
para o aluno que realizar uma leitura além do contíguo, ou seja, por
similaridade. Porém, sempre respeitando e auxiliando com incentivos àqueles que
apresentam maiores dificuldades.É mágico e todos ao final acabam conseguindo,
desde que seja repetida essa aula varias vezes com entusiasmo.
3ª AULA: DIÁRIO DE
LEITURA
Nesta aula será preciso
organizar situações em que os alunos sejam convidados a utilizar a escrita e
algumas atividades com elementos da história podem ser significativas.
De acordo com o nível
de conhecimento da turma o professor poderá propor um diário de leitura, onde
serão registrados:
- Listas de personagens;
- Títulos dos CONTOS preferidos;
- Descrição das características dos
personagens e do ambiente onde se passa a história, etc.
- Análise crítica em relação à obra
do autor (a), ( se gostou ou não e por que);
- Interpretação de texto;
- Atividades lúdicas: Cruzadinha;
caça-palavras; jogo da forca, jogo da memória, etc.
4ª AULA: REESCRITA DO
CONTO
Após a leitura e o
estudo de alguns CONTOS, os alunos terão subsídios básicos necessários para a
produção de textos. Nessa primeira proposta, o professor conta a história do
Patinho Feio com entonação de voz. Em seguida sugere aos alunos para reescrever
a história com suas próprias palavras, usando a criatividade e imaginação para
modificar o desfecho. Para uma melhor assimilação das imagens deverão assistir
ao filme e após ilustrar para que o aluno também compreenda a ilustração como
um gênero textual não verbal.
5ª AULA: ANÁLISE E
REFLEXÃO TEXTUAL
O professor deve
orientar os alunos sobre a estrutura adequada do texto e nortear atividades que
os façam refletir sobre a melhor apresentação possível de suas produções.
- Revisão do texto;
- Reorganização das ideias;
- Pontuação;
- Correção ortográfica;
- Coerência e coesão;
- Reescrita do texto.
6ªAULA:
DIGITAÇÃO E ILUSTRAÇÃO DE TEXTO
Para
enriquecer a aprendizagem, os alunos estarão digitando e ilustrando seus
textos, utilizando os recursos do programa Linux, como writer, colourpaint e
outros.
Serão utilizados também
para pesquisa e leitura os sites: www.atividadeseducativas.com.br
e www.ciberespaço.com.br.
Ao
se utilizar de um software de computador ou um site, deverá a aprendizagem ser
mais significativa, pois junta-se a criatividade e a tecnologia, bem como tendo
o professor como mediador desse conhecimento, numa relação de interatividade
entre professores e alunos participantes desse processo.
SISTEMATIZAÇÃO
-Os textos produzidos
pela turma devem ser expostos e compartilhados em um mural na sala
de aula. Por fim, os trabalhos poderão ser divulgados em slides e apresentado
aos pais e comunidade em data show.
-Organização dos trabalhos
em portfólio.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará durante o desenvolvimento das
aulas de maneira diagnóstica e formativa, verificando se o aluno está atingindo
gradativamente os objetivos previstos sob forma de conceitos, habilidades e
atitudes. Através disso esperamos que os alunos desenvolvam um relacionamento
mais estreito com os colegas de sala de aula e com a professora. Serão
observadas também a participação e interesse dos alunos na realização das atividades,
bem como o desenvolvimento individual de cada um.
O
portfólio também se constitui um rico instrumento de avaliação, pois apresenta
os avanços de cada aluno em relação às práticas de leitura e produção de texto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se que, com o
método do pódio, as habilidades dos educandos são afloradas durante as aulas. A
timidez de alguns é naturalmente superada. Os aplausos e a cobrança positiva do
restante da classe fazem com que os menos afeitos ao público subam ao pódio e
leiam seus textos sem medo.
Nesse caso, o pódio
torna- se um grande incentivo à leitura, aos relatos, à produção escrita e a
dramatização de histórias, realizadas pelos alunos. Pois suas apresentações são
dirigidas para a classe, a qual irá avaliar o desempenho das atividades
apresentadas junto com a professora. Com isso o aluno se sente comprometido em
melhorar através dos incentivos que recebe como aplausos e palavras afetuosas.
Portanto, trata-se de
um método que segue a linha interacionista, inspirada nas propostas do
psicólogo Lev Vygotsky e do educador, psicanalista e doutor em filosofia Rubens
Alves, do qual surgiu a ideia do pódio, pois segundo o mesmo, o aluno deveria
ser colocado em evidência, no caso, em cima de um pódio, em que o mesmo se sentisse
recompensado pelos seus esforços e conquistas em sala de aula.
RECURSOS COMPLEMENTARES
ALVES, Rubens. Entre a ciência e a sapiência. O dilema da Educação. 3ª
Ed: setembro de 1999. Edições Loyola, São Paulo, Brasil.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais. Brasilia: MEC/SEF, 1997. 129 p. Ensino de primeira à quarta série.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa / MEC/SEF;
Brasília, 1998.
CD-ROM, Linguagem, UFMT, 2001.
KAUFMAN, Ana M.e RODRIGUEZ, M. Helena. Escola, leitura e produção de
texto. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
POSSARI, Lúcia Helena Vendrúsculo e NEDER, Maria Lúcia Cavalli. Linguagem
(O ensino, o entorno, o percurso). Fascículos 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Cuiabá,
EdUFMT, 2001.
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